quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Em resposta...

Escrevi esse post em resposta à um e-mail que recebi , acusando Dilma e Lula de serem culpados pela morte de um policial no dia de 26 de junho de 1968. Um e-mail fajuto, com um texto tosco e mal feito.
E o que mais me impressiona é ter gente que ainda encaminha certas coisas pra gente.
Enfim, ai está.


No dia 26 de Junho de 1968, aconteceu a passeata dos 100 mil e não um atentado vil e terrorista como sugere o e-mail me enviado em questão.
O mais importante protesto com a ditadura militar ocorrida até então. Dela participaram grande número de estudantes, intelectuais, padres e grande números de mães. Dezenas de pessoas que são grandes nomes da nossa sociedade hoje, jogaram " bombas " naquele período.
Desde 67, o movimento estudantil tornou-se a principal forma de oposição ao regime militar. Nos primeiros meses de 68, várias manifestações tinham sido reprimidas com violência. O movimento estudantil manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também à política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. A política de privatização tinha dois sentidos: era o estabelecimento do ensino pago (principalmente no nível superior) e outro, o direcionamento da formação educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão de obra especializada). Essas expectativas correspondiam a forte influência norte-americana exercida através de técnicos da USAID que atuavam junto ao MEC por solicitação do governo brasileiro, gerando uma série de acordos que deveriam orientar a política educacional brasileira. As manifestações estudantis foram os mais expressivos meios de denúncia e reação contra a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano.
Prisões e arbitrariedade eram as marcas da ação do governo em relação aos protestos dos estudantes, e essa repressão atingiu seu apogeu no final de março com a invasão do restaurante universitário "calabouço", onde foi morto Edson Luís, de 17 anos. Desse fato alguém se lembra?!
PArece que não. E sinceramente - entendam que não defendo a Dilma ou Lula - duvido muito que o autor desse texto fajuto tenha o ônus da prova contra os que " jogaram bomba " em quer que seja.
Cuidemos para não cair na pseudo-intelectualidade. Intelectual mesmo é aquele que conhece a fonte. E sabe da sua veracidade.

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