“Sorte mesmo foi quando nesse murundu da vida encontrei
você. Na verdade, antes de você eu nem
sabia o que fazer da minha vida. Havia coisas em mim que eu não queria encarar.
Como é que se trata de coisas que você não pode enxergar?
Até que eu enxerguei você, tolinho!
Meu querido, sabia
que eu tinha os olhos, os braços e o peito fechados para o amor? Sabia? Passei
52.678.000 minutos da minha vida de 30 anos igualzinha a um paralelepípedo, sem
nem mesmo olhar pra dentro. Mas não, este não era teu caso. Você queria mesmo
era saber o que a vida tinha pra lhe dar de bom – ou que coisa mesmo você tinha
pra dar de bom à vida. Quer saber? Quem no final ganhou fui eu. Porque nesse
tempo todo, as coisas foram ficando promissoras pra mim e pra você. Eu menos
rabugenta e mais brilhante, igual a céu estrelado. Ainda bem que você bateu na
minha porta.
Quer saber? Não vá embora mais. Fique aqui pertinho de mim
para o céu brilhar pra gente, tolinho!
Ficar, assim, juntinho, por que é isso mesmo o que a vida tem de bom pra mim e
pra você. “Case-se comigo para eu te fazer feliz, docinho...”